domingo, 5 de dezembro de 2010

Ouvi um conto e um ponto.

OUVI UM CONTO E UM PONTO

Ontem segunda feira , escutei
Algo que Domingo foi comentado,
Tendo sido falado já no mês passado
Mas que por quem eu não sei.

Alguém não tendo na língua preguiça
Aproveitando a saída da missa
Em alvoroço, cochichando comentava
Que o ouvira… E como certo o jurava.

A ROSA fora desflorada.
Essa mesma, a filha da ti´MARIA,
Pelo XICO ZÉ do ti´ANTÓNIO,
Que possuída pelo demónio
Louca endiabrada andaria
E chamar-se iria agora de ROSA enjeitada.

Quarta feira doutros não pensei
Ouvir quando perto lhes passei.
O que fora ouvido do mês passado,
Mais comprido estava um bocado.

A chamada agora ROSA enjeitada
A mesma que este mundo repreende,
Achando-se pleno de razão.
(Do XICO ZÉ não fora em primeira mão)
Pois ele dessas coisas pouco entende
Antes dele, fora nua com o MANEL encontrada.

Sexta feira se comentou
O que o JOAQUIM ontem falou,
Mostrando-me equivocado
Pois novo ponto tinha sido aumentado.

Que a ROSA já fora simplesmente enjeitada
Pelo MENINO, o filho do senhor ANTONINO
O qual da endiabrada abusou.
E que depois do acto logo deixou
Ao deus-dará, entregue ao destino,
Agora em pranto se vê renegada.

Neste sábado fiquei mais admirado
Pelo que contado ouvi
Tanta confusão sei que senti
Que até pensei ser conto trocado.

Se justificação a alguém pedisse
Sei que o mais natural
Diziam, (ouvi dizer que alguém o disse)
Que a ROSA foi desflora no matagal.

Perde a ROSA sua ternura perfumada
Porque um dia se quis amada
E murchava assim tal encanto
Secando, agoniada no entretanto.

Comentada pelas bocas do mundo
Onde aumentados vi em tantos e mais um ponto
Nos quais tantos eu mesmo me confundo
Sem saber quem começou este conto.

Ouvi dizer que disse…
Não sei, ouvi dizer…
Conto dito, não que o visse,
Tanto fez a ROSA sofrer.
Pois quem ouviu, contou o conto
Sempre lhe aumentando um ponto.

Já muito a ROSA terá sofrido
Por este conto de tanto ponto aumentado
Em que seu nome viu envolvido
Sem que nada lho fizesse prever
Do qual ninguém será julgado.
Foi comentado de domingo, a domingo
Aumentado em tantos pontos o fui ouvindo.
Que comentários poderás tu tecer
Se julgas como verdades o; (OUVI DIZER).

Luzern.29.08.2010

nota do autor: Não caiam-mos no ridículo, afirmar só se for visto e bem e por outros também.

VI UM ANJO


VI UM ANJO

Eu vi um anjo com asas pequenas
Como jamais verei outras algumas
Quis-lhe entregar minhas penas
Em troca de suas lindas plumas.

Ele me disse não ter sentido nem jeito
Penas minhas, por suas plumas trocar
Assim sendo, com penas me deito
E muitas mais tenho ao levantar.

Este anjo com plumas de encanto
Está habitando no meu pensamento
Sempre esvoaçando no firmamento
Suas asas são as brisas do vento.

Este anjo que voando desceu do céu
Quando soube do meu amargurado chorar
Com imensa ternura me ofereceu
Suas asas para no vento me levar.

Tem este anjo grandeza e valor
Adorada sensibilidade e amor.
Ás suas asas então me agarrei
E com elas docemente voei.

Luzern. 17.10.2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pipas e Magoas




PIPAS E MAGOAS
Rabelo que no douro navegas
De mastro aprumado,
Velhinha vela desfraldada.
Neste Douro alegremente navegado,
Grito de garganta abafada,
Pelo teu silencio encantado.
Rabelo, barco único que este Douro navegas.

Das correntes se desempecilha
Com a mestria de sua quilha
Seu direito fundo, que desliza .
Navega com tal sabedoria, precisa.
Transporta pipas de magoas
Cheias, de lágrimas doces e amargas.
Vejo o Rabelo a passar.

Entraram em teu ventre no PINHÃO,
Nesse robusto Douriense coração
As lágrimas choradas por nós
Que teimas levar até á foz.
Admirando tamanha beleza
Das lindas margens Unesco por natureza.
Vejo o Rabelo a passar.

Cantas como alegre menino
Por entre as aguas sem as temer
Ao longe me pareces agora pequenino,
Pois já mal te consigo ver.
Cantarolando, nas aguas avanças.
Entre os sorrisos das crianças,
Vejo o Rabelo a passar.

Não tens esteiras de conforto,
Mesmo que baloiçando te sintas
Por entre as aguas matreiras.
Tumultuosas tais canseiras,
Produto das Dourienses quintas.
Na margem frontal ao PORTO,
Teimas Rabelo não mais navegar.

Chegado ás caves de GAIA
Tua carga se esvaia,
Deixando a nu o convés.
Na sombra da tua vela rasgada,
Velhinha demais, esfarrapada
Por tantas vezes a teres içado.
Foi o Douro por ti Rabelo, navegado.

Esmoreces agora no lodo encalhado
Despojado, sentes tão triste o convés
Choras lágrimas tuas, outras de nós, quem as canta?
Enrouquecido te sei da garganta.
Vês-te triste amargurado, abandonado.
Talvez não saibas, mas ainda o és
Meu amigo Rabelo, barco encalhado.

Pois só tu ousarias tal destreza,
Navegar em aguas de tamanha rudeza,
Desbravar maldades do seu rugido.
Quantas vezes para ti gritando, ofendido
Querendo proibir-te de o navegares.
Mostra-te de novo aos meus olhares.
Para que eu te veja, Rabelo no Douro a navegar.

Agora sem pipas de magoas
Nem lágrimas sentidas aflitas,
Talvez envaidecido te sentes.
Navegas nas calmas aguas,
Transportando bisbilhoteiros turistas,
Mistura de raças e gentes.
Vejo de novo o Rabelo no Douro a passar.

Classificou a Unesco tuas margens
Como belezas da humanidade que o são,
Ornamentadas por videiras e urzes silvestres.
Em ti Rabelo guardas tormentas das viagens,
Rabelo encanto neste Douro de eleição.
Acolhes em tua velhinha vela as aragens ás quais te destes.
Em ti encanto o olhar quando neste Douro Rabelo te vejo passar. Luzern.19.11.2010
SONHEM OS SONHOS

Linda Flor




não tenho intenção de parar
nem tão pouco de não ter sonhos
arregaço as mangas, teimo continuar
cada vez mais os quero risonhos
tantos desejo poder realizar
em mim mesmo os penso e imponho
os tristes em alegres transformar.

abro os olhos, procuro-te ó bela
rosa do meu encantado roseiral
espinhos tem, é linda! mais que aquela
perfumada aveludada sem igual
recheada em ternura e singela
enfeitando linda jarra de cristal
como em sonhos, me encanta ela.

flor linda a qual venero
com minha sentida ternura
perfume da mesma que eu quero
possa e queira me levar á loucura
enquanto no meu canto a espero
nascida, criada e rodeada de verdura
teu perfume me embriaga no sincero

assim te abraço, perfumada
sabendo que tambem me queres
entrego-me a ti sem pensar em nada
enquanto perfumes me deres
pois és tu minha flor adorada
fico esperando que então ponderes
em mim te veres abraçada.

antes que meus olhos chorem
não te abandone o doce encanto
que mais lagrimas me devorem
no mais amargurado tormento
assim tristes e sentidas se o forem
me obrigam a tamanho lamento
enquanto ventos loucos as deflorem.

flor minha que o tempo murchou
sem pena nenhuma, nem piedade
se foi o calor que sua seiva lhe roubou
quando nela eu tinha vaidade
terá sido talvez a geada que a apanhou
ou então seriam ventos de maldade
em meu jardim flor nenhuma restou.

de novo espero colher flores
pois hei-de semear o mais lindo canteiro
perfumarei com seus odores
minha rua e o mundo inteiro
tratá-las irei por meus amores
quero ser o mais empenhado jardineiro
embelezar o universo com lindas flores.

joão de migueis

domingo, 26 de setembro de 2010

DO BOM O MELHOR



DO BOM O MELHOR

Deu a FAVAIOS, DEUS o dom
Para produzir vinho tão bom.
Vinho de inigualável sabor
Cultivado por gentes de valor.

Saborosos moscatéis tem FAVAIOS
Seus doces odores não confundo
Amigos, vos recomendo, saboreai-os
Os melhores néctares do mundo.

FAVAIOS, do moscatel é capital
Todo o mundo sabe e diz
Nas descobertas deste PORTUGAL
FAVAIOS? Porque não, CAPITAL do PAÍS.

Conhecido na CHINA e JAPÃO,
Adorado na INGLATERRA e AUSTRÁLIA,
Saboreado no BRASIL de Maranhão.
Fruto desta terra PORTUGALIA.

Copia tantos procuram fazer
Impossível, sem tuas uvas ter.
Moscatel de doirado afamado
Doce, vinho fino ou tratado
És FAVAIOS por tantos invejado.

Luzern.23.09.2010

GRÁVIDA


GRÀVIDA

Sim minha querida
Grávida de poesia
Porque a mim te destes
E á minha seiva poética.
Dentro de ti recolhida
Pontuação se esquecia
A respiração parava
E meus versos tivestes
Nessa dita benéfica
Que em ti se concentrava.
Em contínuo te poetizando
As palavras adoçando
Para te engravidar,
Sentia dentro de ti o pulsar
Ai destas letras ficas prenha.
Baila a poesia em teu peito
Também em teu olhar,
Que a luz do dia então venha
Traga nosso lindo feito
Para o mundo encantar.
Pois se á minha poesia
Acrescentado valor lhe deste
Encrostando simples alegria
A qual lhe complementou
Toda a sentida simpatia.
Espero agora que chegue o dia
Da mãe mulher, grávida de poesia
Que grávida se encontrou,
Não deste poeta sonhador
Mas somente destes versos que escrevia
Olhando-te ó linda flor.
A que mais bela sobressaía
Neste jardim de ternuras,
De palavras simplicidade
As quais se complementam
Umas as outras seguindo,
Nenhuma delas se distraindo
Do tal amor que o sendo vai.
Procurando ser só maduras
Na esperança e ansiedade
Saboreando tu seu encanto,
Seus perfumes em ti recolhidos
Com acarinhadas loucuras
Em teu ventre guardados
Os sonhos poéticos sonhados.
Sejam de ti agora versos nascidos
Dando-me o lugar de pai
Me fazes sonhar também
E o mundo ansiando vai
Da poesia conhecer a mãe.

Luzern.12.09.2010.
nota do autor: poesia minha ( versus em ti) BALBINA.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RIO DOURO de ENCANTO e PRANTO





RIO DOURO de PRANTO e ENCANTO

Meu rio Douro
Douro de paisagens beleza
Maravilha da natureza
Admirável tesouro.
Encostas escarpadas, agrestes
Entre as quais te impusestes,
Nesse leito estrangulado
Onde tantas amarguras soltas
Contra rochedos as tuas revoltas.
Correndo demais apressado
Em tuas destemidas guerras,
Separas tantas serras
Serpenteias rochedos,
Contigo arrastas as terras
Semeando tantos medos,
Reais, submergindo penedos.
Os limas com tua loucura
Por tuas aguas se encobrindo
Em teu leito demais inconstante.
Sentes o Rabelo navegante,
Pões á prova sua bravura
E tantos deles vais destruindo
Nas tuas quantas cachoeiras
De aguas revoltas, apressadas e matreiras
Descendentes as queres navegadas,
Sulcadas pelos barcos Rabelos.
Tornados em teu leito destemidos
Tantos em destroços, quiseste vê-los,
Por ti brutalmente partidos
Em traiçoeiras gargantas engolidos ,
Nesse teu ventre escondidos.
Alguns a muito custo
Após horrendo susto
Á sua partida regressam.
Em tuas correntes renegadas
Sendo a humanos braços puxados
Ou pelas juntas de bois valentes,
Venceram as tuas maldades constantes.
E porque destemidos os sentiste
Quantos Rabelos destruíste?
A famílias inteiras ofereces-te a desgraça
Pela tua quase indomável raça.
Procurando honrar os seus
Pelos enlutados feitos teus,
Incrustou em teus rochedos
Tantas orações e capelinhas,
Dando a conhecer alguns segredos
Que em sinuoso leito mantinhas
Com os quais devoras-te tanta gente
Desde nascente até jusante.

Espraias-te já na foz

Transportas lágrimas de nós
E dás-te ao mar,
Douro difícil de domar.
Viestes tu correndo apressado
Em teu leito apertado
Entre os mais íngremes rochedos.
E qual humano se lembrou
De nesses penedos agrestes
Em que para ti olhando
Arduamente incrustou
Sua vida em pinturas rupestres,
Para em ti serem guardadas
Por entre tuas aguas que correm apressadas.
Chamamos-lhe de homem rude
O qual te reconheceu, Douro de virtude.

Dos teus penedos em saltos loucos
Domado foste aos poucos
Pelo homem Duriense,
O qual em íngremes encostas
Entre penedos talhados
Sua vida em retalhos
E já curvado das costas.

Mas a ti rio a quem ele pertence
Transformou teus arrogantes bramidos
Nos mais ternos gemidos
Cortados da voz, agora roucos
Procura domar-te aos poucos.
Outrora de gritos medonhos
Tens ainda em ti alcoólicos medronhos
Que neste Douro de real agreste
O teu rude ser tanto impuseste.

Cansado de saber em ti tantas cruzes
Foi-te impondo barragens,
Ofertando-te perfumadas aragens
De azevinhos, mais videiras e urzes.
Para que as possas saborear,
Alargou-te as margens
Para teu poder acalmar.
Deitou-te em albufeiras quais, aquáticos lençóis,
Agora em ti docemente a navegar,
Deitado em ti contempla os sete sois,
As estrelas, a lua e o luar.
Douro e Duriense querendo-se entender,
Procurem outros os compreender.
Mas sabe-se do Duriense a chorar
Porque este Douro lágrimas teima transportar.
Douro acarinha as Durienses ideias
Esquece as tuas, tão arrogantes
Não queiras os humanos de ti distantes
Temendo as tuas arrojadas cheias
Nesse sentido teu, indomável ser
Que humanos tantos levas a padecer
Deixa calmamente em ti ir navegando
E tuas paisagens admirando
Desses socalcos em ti incrustados
Pelo Duriense e seus pecados
Nas sentidas forças tuas indomáveis
Tantas videiras, simplesmente incontáveis
As quais em amarguras sentidas
Perante ti se curvam já contorcidas
Ouvindo murmúrios de tuas aguas, cantigas
E perante o sol se sentem perdidas
Criando uvas, enaltecendo suas alegres fadigas.
Néctar que brota dessas escarpadas encostas o qual glorificas
Em rabelos percorrem teu leito, vinho que de PORTO notificas
Em tuas íngremes encostas nidificam
Raras aves, em extinção
As quais simplesmente personificam
Por natureza a tua agreste razão
Douro de encanto rude
Douro de enorme virtude
Destemido rio, atroz
Qual animal feroz
Pelo Duriense quase domado
RIO DOURO de real encantado
RIO DOURO BELEZA da NATUREZA
Tem o mundo razão de pranto
Se desconhece o teu encanto
Luzern. 26.08.2010.

MINHA LINDA e ÚNICA… CHÃ




MINHA LINDA e ÚNICA… CHÃ

Neste planalto encontrado
De refrescante altitude
Onde floresce aragem sã.
No mesmo sol radiante
Fulgor de tantas sensações
Gentes de belas emoções
De alegria contagiante.
Nesta linda terra CHÃ
De carinhosa virtude
Meu planalto encantado.

Tens em ti o sol mais perto
A um passo fica o luar
E o universo estrelado.
De nevoeiros esquecido
Com alongados horizontes
Maravilhas tens que sobrem.
Paleolíticas se descobrem
Presenteadas na Botelhinha,
Admirada mais que certa
Anta ou Dólmen da Fonte Coberta,
Regalo da vista minha
Tua envolvente fineza
Lindo planalto por natureza,
Provinciano de Trás-os-Montes.
Em suaves brisas envolvido
Arco íris docemente pintado
Teus puros ares respirar
Enchendo meu peito, aberto.

Ornamenta-te um gelado sinsélo
Que embute em ti ,o belo
E oferta ás tuas simples gentes
Acolhedoras e hospitaleiras
Desde madrugadora manhã,
Reencontrado pela tardinha
E noite adentro se prolongando
Mesmo pouco seu pão, partilhando
E o amor que em seu peito tinha.
Entregando de mente sã
Nas mais carinhosas maneiras
As quais não vês, mas sentes
Deste seu ser realmente singelo.
O qual torna o mundo mais belo
Este planalto de gente simplesmente sã
De minha nascença, linda terra… CHÃ
Luzern .2.09 2010.
nota do autor:
com toda a justiça como poderia esquecer
a linda terra que me viu nascer.

domingo, 19 de setembro de 2010

Num dia de Vindima no meu Douro.


NUM DIA DE VINDIMA NO MEU DOURO

Me diz o calendário; ser (OUTUBRO)
E já o dia teima em amanhecer
Neste negro manto me encubro
Deste céu o seu continuo escurecer.

Oiço dos cães, o latir
Na calçada tamancos apressados
No silêncio da noite se fazem ouvir
Sem por mim serem convidados.

Qual rude caminhar desajeitado
Pela atrasada luz do dia
Quem tão apressado andaria?
Passaria a noite acordado?

Na loja da velha jumenta
Em trémula mão, candeia acesa
A albarda em cima lhe assenta
_Ruma p´rá quinta com certeza.

No mesmo apressado caminhar
Vai a passo, ora anda, ora troteia
Da escuridão nada receia
Antes do sol nascer espera á quinta chegar.

Em seu dorso carrega o patrão
Apressado, com toda a razão
O qual cedo quer chegar a vinha
Para inicio dar a vindima.

Homens, mulheres e tanta criança
Nesta escuridão caminham ainda adormecidos
Na luz madrugadora da esperança
Vê-se o patrão desta roga envaidecido.

Sente-se deste encanto o tamanho
Entrando na vinha emparceiradas
Abandonado, quase chorando o cardanho
E as primeiras videiras despojadas.

(CESTA CHEIA…) Gritam as alegres vindimadeiras.
Em resposta velozes a tal chamêgo,
Correndo como se fosse em brincadeiras
O qual procura chegar mais cedo.

Despeja cesta no vindimeiro
Querendo que seja seu o primeiro
A cheio de uvas se mostrar
Apressado a caminho p´ró lagar.

No corte vão igualando abelhas meleiras
Estas demais alegres vindimadeiras,
Curvam-se ao sabor das cantigas
Deixando as videiras despidas.

Chegou agora mesmo a criada
Vem pela patroa acompanhada
São já nove horas do dia
Retemperar forças; já se merecia.

Parem um pouco o trabalho e a cantoria,
Aproveitem a pausa do momento
Antes que fique ela fria,
Já cozinhada foi a algum tempo .

Mais uvas cortam até mei´dia
Sempre em alegre cantoria
Pedindo vão; (não venha a chover)
E continuam a cestas encher.
.
Depois do mei’dia e de almoçar
Continuando sempre a uvas cortar
Alegremente sempre a cantar
Procuram o cansaço e a noite afugentar.



Aprontam-se os homens p´ra nova caminhada
Buscam de novo os cestos de uvas cheios
Beijam o (pipo) fica a garganta regada
Toca a concertina ,cantam vozes roucas, sem receios.

Mais parece alegre romaria
Carregam cestos como santos andores
Igualando carinhos dos amores
Que na lagarada com ternura pisaria.

Á noite já de barriga cheia
Após comida a ceia
Procuram o cardanho alegrar
E ao som da concertina bailar.

Uns pisando as uvas no lagar
Vinho mosto e alegria
A bailar e a cantar
Nesta real duriense romaria.

Mostra-se o caseiro vaidoso
Deste mosto realmente gostoso
Que estas uvas doiradas deram
As quais tantas alegrias trouxeram.

Poda fez, também muito cavou
De trabalho algum se esqueceu
Com lágrimas, enxofrou e sulfatou
Rica e boa novidade, orgulho seu.

Carinhos deu aos vinhedos
Orgulhoso, agora pode sorrir
De suas videiras conhece os segredos
Doces uvas lhes sabe pedir.

Mostra-se o patrão realmente vaidoso
Das uvas colhidas em sua quinta,
Vinho do PORTO, doce GENEROSO
A boca do mundo, apetecível o sinta.

Oiço de novo os cães a latir
Sempre neste duriense chão, molhado
Onde este frio inverno se faz sentir
Nota-se a ausência da roga e do rogador
O cardanho agora simplesmente despovoado
O GENEROSO vai apurando seu inconfundível sabor.
Em tonéis dormindo em suas doçuras embalado. Luzern.03.09.2010.

nota do autor:
vindimas ou outras colheitas
sempre foram orgulhosas festas
entre trabalhadores e patrões
alegrias e suas colhidas razões.

MINHA TELA


Pintar, quero uma flor
Simples sonho, talvez
Sonhar, com o amor
Mesmo, numa só vez
Apurando meu jeito
No lindo quadro pintado
Por minha sensatez
Misturando tanta cor,
Agora na parede dependurado
Coração florido, encaixilhado
Esse teu que eu sonhei
Ao qual pressenti tua dor
Eis que sonhando pintei,
Visto lindo, quadro de amor.
No mesmo em que sobressai lustrosa ternura
Dizem, ser encantadora pintura
De mim, simples sonhador.
Mostra esta tela muito amor
Dum coração em flor,
Olhos doces, brilho afável
Vincado, sorriso amável.
Quem deste quadro foi o pintor?
-Talvez algum sonhador
Desconhecido autor!!!!

Luzern. 19.09.2010.

SONHAR

Sonhar, sempre seja maravilhoso
Do ontem do amanhã ou no sempre.
Ter sonhos, ser deles orgulhoso
Em sonhos lindos, vivê-los contente.
Sonhar com belas e perfumadas flores,
Ter doces sonhos de loucos amores,
Sonhos de beijos em ternura embutidos.
Sonhos tantos doces, outros sofridos
Muitos sonhados o são de encantar.
Não quero em sonhos me retrair
Sonhos quero ter e sonhos sentir

Luzern.01.09.2010.

PENSE

Por tanto pensar,
Dei comigo pensando
Que não querendo pensar
Continuava assim pensando.
Enquanto pensava.
Pensando estava,
E então pensei.
Pensando que pensei.

Luzern.01.09.2010

sábado, 19 de junho de 2010

QUE PEDRA SOU EU ?




QUE PEDRA SOU?

Pedra sou desta calçada
Simples pedra sou, mais nada.
Sou pedra que no sapato aleija
Sou pedra que ninguém deseja.
Serei pedra na mão do pastor
Nessa bendita mão certeira,
Sou pedra talvez de pouco valor
Pedra regalo de tua canseira.
Sou eu pedra angular
Pedra preciosa de encantar.
Sou pedra de quinhentista navegante,
Marco da nossa história distante.
Quero ser antes pedra dura
Desta tão ousada escultura.
Ninguém me quer, pedra fria
Que de lágrimas molhada seria.
Em abóbora de templo
Sou pedra de tanto exemplo.
Tua primeira pedra afinal
Pedra de pia baptismal.
Serei pedra em tua despedida
Ultima pedra em tua vida.
Pedra de escadaria ,suja e gasta
De mármore, alvenaria ou nefasta.
Sou pedra esquecida na ponte
Pedra arrebatada do alto monte.
Posso ser pedra de convento
Como pedra de teu lamento.
Pedra sou, parte da história
Na mão de VIRIATO, pedra de vitória.
Sou pedra de tantos significados
Cúmplice em segredos de namorados.
Seja antes eu pedra no deserto
Que ter mão covarde por perto.
Pedra grande ser tua
Amargurada esquecida ,nua.
Pedra de armas em palacete
Pedra amiga para receber-te
Pedra esquecida , sozinha
Talvez seja pedrada minha.
Quero ser pedra da sorte
Com carícias de homem forte.
Pedra caída no charco
Esquecida do homem fraco.
Se a barca quinhentista chamastes de nau
E a mim pedra ,que pedra sou
Porque me chamas de pau?
Pedra em que teu pé tropeçou!

LUZERN 18 06 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

serei mais um




SEREI MAIS UM *****

Somente ajunto letras procuro palavras formar
Ao senti-las bailar no pensamento
Vou procurando com os outros as partilhar
Com o encanto do mais puro sentimento.

Palavras simplesmente encantadoras
Como as belas rosa perfumadas
Aveludadas e docemente sedutoras
Onde as estrelas são sereias encantadas.

LUZERN 29 05 2010

és desejo



Eu te desejo
E ao teu doce beijo
Corpo escultural
Atende meus chamegos
Teu corpo meus lábios sentir
Um leve toque ser
Teu corpo e o meu estremecer
Prazeres corporais te darei
Declives de teu corpo contornarei
Com carinhos ver-te a sorrir
Desvendar seus segredos
Arrebatar-te dos medos
Tratares por teu amor
Este louco sonhador.

Recebe meus mil beijos, minha flor
Aquece-te em meu ardente fogo de amor
Tenhas para mim bondosos pensamentos
Se ao leres compreenderes, meus sentimentos.

LUZERN 01.06.2010

sábado, 22 de maio de 2010

melodia noite dentro




MELODIA NOITE DENTRO.


O rouxinol, ai se eu o visse…
Noites passa contemplando o luar.
Anda danado? ou será malandrice!...
Quererá a lua espantar?

Passa toda a noite acordado,
Ao longe se faz ouvir,
Não consegue dormir…
Foi pelo luar encantado…

Não posso silêncio exigir
A quem canta tão belo.
Perto de mim o quero sentir,
Bem aveludado e singelo.

A lua para ele foi matreira,
Quando o sentiu cansado:
Ordenou ao elo da videira ;
Que a ela o mantivesse agarrado.

DEUS ao rouxinol disse:
Pedindo que não adormece-se,
Pois enquanto a videira crescesse
Que não dormisse; ai não dormisse…

No infinito com suavidade ecoa,
O que o bico rouxinol entoa,
Musica como que sonhada,
Ao luar docemente escutada.

Se nocturna canção de cor sabes,
Agora podes dormir que já é dia…
Deixa que simplesmente outras aves,
A garganta libertem prá sua cantoria.

LUZERN Abril 2010

para te chamar





PARA TE CHAMAR.

Atirei pequena pedrinha,
Á mais vistosa vidraça,
Sei que era a tua janela.
Na esperança minha
De ver a gostosa graça,
E beleza da dona dela.

Atirei a primeira pedrinha
Á tua encantada janela,
Atirei com ela meus desejos,
Esperança tanta era a minha,
Que quem olhava através dela,
Comigo repartisse seus beijos.

Querendo te chamar,
Atirei uma pedrinha,
Com a ternura da minha mão.
Nem te dispusestes a olhar,
Queria dar-te o que nela tinha:.
(O mundo inteiro e meu coração).

Esperava, e tu não vinhas.
Sem sinais da tua presença,
Te julguei de mim esquecida.
Fui atirando mais pedrinhas,
Cada vez mais esperança,
Julgava-te já adormecida!

Como á janela não vinhas,
Já entristecendo ia eu,
Amargurava o pensamento.
E fui atirando mais pedrinhas:
Esperando ver o rosto teu,
Mesmo por breve momento.

Pela calada da noite senti calafrios;
Apagavam-se em mim fogos de amor,
Porque tu teimando, á janela não vinhas.
Tornados teus brios, nos gélidos frios,
Nem nas cinzas havia uma réstia de calor,
E até Já de mim se escondiam as tais pedrinhas.

Á tua linda janela atirei tantas pedrinhas.
Por muitas mais que a ela eu atirasse…
Julgavas-te mais bela que a que tinhas?
Esperaste que de as atirar me cansasse?
E por detrás da janela te mantinhas
Escondias-te de mim e das pedrinhas.

Na rua daquela janela,
Até já o brilho se ausentou
E nela nem uma pedrinha
Que encantos teria ela?
Porque ela me encantou?
Se a dona a ela não vinha!!!!

Quando passo na tua rua,
Parado fico por momentos.,
Já não vejo as tais pedrinhas
Como as que atirei á janela tua.
Agora mudados os tempos,
Já não sei atirar pedrinhas.

Já não te arrasto mais a asa,
Nem pedrinhas vou atirar,
Também para não te magoar.
Desvio-me da janela da tua casa.
Para detrás dela não te ver olhar
Muito menos ver-te chorar.

Agora debruçada á janela,
Ausente a outrora ternura,
Pedrinhas guarda no pensamento.
Chama quem atirou pedrinhas a ela,
Com gritos á sua bravura,
Pedindo o regresso desse tempo.

Acaso julgastes serem pedradas
Em vez de ternas pedrinhas
Que com doçura te atirei á janela?
Tristemente são lágrimas passadas…
Será que por serem demais pequeninas,
Teimosamente não reparas-te nelas?

Já não és mais aquela
Que vivia naquela janela
Onde atirei tanta pedrinha.
Verdade que deixou de ser a donzela,
Pois vejo olhar-me por detrás dela
Uma tão amargurada velhinha!

Se eu assim te olhando,
Pudesse o tempo parar…
Iria olhar-te segredo guardando,
Sem meus olhos desviar,
Daquela deveras gostosa janela
E dos olhos que estão por detrás dela.

Ausentou-se das apetecidas ternuras,
Julgando serem demasiadas loucuras.
Da vidraça da dita janela fez sua prisão.
Simplesmente renegou-se a aventuras.
Sabe-se que perdidamente procura,
Acalentar seu triste e dorido coração.

Nota do autor:
Foram códigos da mocidade
Pedrinhas atirar ás janelas,
Tamanha era a ansiedade
Para ver quem morava nelas.

LUZERN Abril 2010.



assim sou eu




ASSIM SOU EU.

Sou assim tenho a certeza
Mais um filho da natureza
Que do pincel faz uso
Pra colorir a pintura
E decerto com abuso
Faço transbordar a loucura.

Meto a mão pela certeza
Nas entranhas da natureza,
Por me sentir embrenhado nela
Como quem nela procura.
Complementos recebo dela,
Cumplicidades em fartura.

Me vejo nela tão envolvido,
Vontade não sinto para parar
Se filho dela sou nascido.
Acarinhado em sua verdura
Que sabiamente me soube embalar
Sim filho sou, desta bela natura

Com grandeza tamanha e pura
Sentindo-a realmente gostosa
Fiquei contagiado por natural simpatia
Chegou-se a mim, o que alguém procura
Admirando dela, aquela rosa,
Ofertou-me algum jeito prá poesia.

Muito achegado aos amigos
De tantos penso realmente ser
Amigos na vida demais nunca serão
Sempre em amizades envolvidos.
Lugar para mais um sempre há de haver
Dentro do meu coração.

Penso de tudo ter um pouco,
Nalguns pontos demais,
Noutros certamente de menos..
Uns me julgando de louco
Por meus feitos escriturais
Dizem outros serem pequenos!

Tendo assim tanta alegria
Que sei não ser em demasia.
Já sei onde posso encontrar
O que de melhor vos posso dar.
Dou-vos o calor do meu peito
Que para isso DEUS me deu jeito.

Liberdade vos dou pra ser julgado
Pelas maldades que me encontreis,
Ou as que pensardes eu venha a ter.
Se encontrardes alguém ajuizado
Jurai que nada de meu escondereis
Dai-lhe meus feitos e defeitos a conhecer.

Para bom julgamento de mim fazer
Se esse eu, eu não tiver conhecido!!….
Procurarei decerto mais: Qual razão!
O veredicto começarei por ler
E sem que me tenha apercebido
O pensamento escreveu, ditou a minha mão………

Nota do autor:
Decerto melhor que eu
Vós me deveis conhecer,
Sou quem letras escreveu
Queirais vós me compreender.

.
LUZERN. Abril 2010.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PORQUÊ ASSIM?




PORQUÊ ? ASSIM!.


Este mundo incompreendido fica
Nele me vejo cada vez menos crente,
Porque até já moça bonita,
Vejo ficar triste e doente.

Sentes arrepios?
Suores frios?
Memória ausente,
Delírio constante.

Sentindo-te adoentada afinal
Com custo entras-te no hospital
Vês! Como lentas passam as horas,
Nas quais anseias por melhoras.

Vejo que te aprontas em ir embora,
Repara bem nesse lado de fora.
Onde encontrarás flores a florir
Procura que acharás, vontade de sorrir.

Não quero ver teu triste semblante
Ausente simplesmente da realidade.
Entristecida, muito doente.
Espero verte melhoras com ansiedade.

Porque dá DEUS esta sentença
A nós humanos seus filhos?
Porque deixou tanta doença,
Em nossos obrigatórios trilhos?

LUZERN Abril 2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O ENRRIQUECIMENTO DESMERECIDO DE ALGUNS GESTORES PUBLICOS





RESPOSTA AO EXmo.SR. PRESIDENTE da REPUBLICA de PORTUGAL

ANIBAL CAVACO SILVA

O ENRRIQUECIMENTO DESMERECIDO DALGUNS GESTORES.

Há 36 anos conquistou-se a liberdade…
Renascia a esperança na igualdade.
Hoje mostra o avarento afinado jeito.
Perdido anda o valor de tal feito!!!!

Quem estando bem, quererá saber
Da desigualdade em seu rodeio?
Se riqueza quer somente ter,
Sem importar de onde ela veio.

Quem mais tem: Diz! Está mal a vida…
Achando-se pleno de razão.
Tanta riqueza assim desmerecida
Quanta? Ai tanta! E gente morre sem pão!!!!!!

Aos avarentos repudio o seu ser.
Para alguns PORTUGAL é nação pequena,
Á fome obrigados são a morrer.
Para outros PORTUGAL? PAÍS DA BANANA!!!

Riqueza!!! será que necessitas mais riqueza ter?
Pois sofrerás acaso de mal inflamatório?
Esqueces-te que um dia terás que morrer?
Haverá lágrimas choradas em teu velório?

Fazes da riqueza teu adorado baluarte
A fome dos outros não te importuna?
Vai a morte á sorte decerto encontrar-te
Em avarenta loucura desprender-te da fortuna.

Tu , os outros e porquê mesmo eu não sermos iguais?
Porque razão tanta diferença em nós encontramos?
Se a riqueza que alguns têm, nunca a achem demais
Ricos de pobreza que tantos não sentem ter de menos.

Nota do autor:
Alguns serão sortudos,
Fazem outros da avareza uso
Nos mostram números confusos
Para assim roubarem tudo.
Se a justiça os passasse pela peneira
Não encontraria suor: Só roubalheira….

ZURZACH 25deAbril 2010

domingo, 16 de maio de 2010

ANUNCIO DA NATUREZA






ANÚNCIO da NATUREZA.


Bico amarelo madrugador
Assobiando ainda noite escura.
Adivinha-se já nascida a primeira flor
Em vasto horizonte desponta a verdura.

Assobiando ,num trinar hilariante,
Como querendo assustar aurora,
Procura anunciar estar já presente
O verdejante que o olhar adora.

Tempo estivera adormecida
A seiva em suas entranhas,
Em ramos agora sentida
Folhas e flores verduras tamanhas.

E o sol mais lindo se mostrou,
O horizonte mais verde se fizera.
Melodia que bico amarelo entoou,
Para saudar a chegada primavera.

Fazem-se as abelhas sentir
Ás flores que as querem ver.
Num frenesim seu zumbir,
Primavera tantas flores ter!

Tantos outros passarinhos cantando,
Melodias do mais suave que se possa escutar,
O silêncio com seus bicos vão quebrando.
Continua o horizonte a mais verde se mostrar.

Embeleza-se com flores.
Exuberantes, jardins e matagais.
Nela se enlaçam outros amores,
Soltando suspiros, ofegantes de mais.

Torna-se tudo da cor da era,
Envolta em esperança e fulgor.
Melodia anunciando a primavera,
Bico amarelo de enlutado cantador.

Nota do autor:
A primavera começou
O melro assobiou
Seja signo ou circulo da vida
Primavera de flores e esperança vestida.

ZURZACH Abril 2010

sol em finais de abril


SOL em FINAIS de ABRIL.

Que maravilha de sol radiante
Que dá gosto em sentir
Qualquer flor se mostra contente
E ganha mais vontade para florir.

Se a geada a apanhou
Viu-se obrigada a murchar
Mas como carinhos lhe dou
Decerto a verei arrebitar.

Tratarei eu bem dela
Pois sei o quanto é singela
Ai que flor bonita aquela
Realmente perfumada e bela.

Mas a jarra se quebrou
Toda a agua se verteu
E a minha flor murchou
E de sede amargurada morreu.

Tristemente e amargurado
Por minha jarra se quebrar
Vejo-me agora obrigado
A outra flore procurar.

Onde encontrarei outra como aquela?
Realmente simples, mas singela
Perfumada, gostosa em ternura e bela
Me comprometo :Cuidarei melhor dela

Vê-la em meu jardim e sorrir
Seu adocicado perfume sentir
Acordo durmo até sonho com ela
Porquê, flor com o nome dela?

ZURZACH Abril 25.04.2010.

Jardim de Sonho




JARDIM de SONHO.


Perdido me vi isso sim…
Percorrido por loucos calores
Neste embelezado
Ou simplesmente sonhado
Querendo nele ter-me a mim
Que não a outros sonhadores.
Igualando-se ao ÉDEN jardim
Onde encontradas são as mais raras das flores
Os mais inigualáveis e distintos odores
Até corações perdidos de amores.
Em demasia, contagiados sofredores,
Pela aveludada e colorida ternura das flores.
Se por flores não mostras gosto
Como olhos poderás ter no rosto?
De ti esconda DEUS as suas cores
E a ti de todas as avistadas flores….
.
LUZERN..Abril 2010.

sábado, 8 de maio de 2010

ENTREGA-TE ÁS LOUCURAS MINHAS.




ENTREGA-TE ÁS LOUCURAS MINHAS.

Me vi em teus olhos ,
Que de alegria seria,
No recanto terno da lua,
Na frescura de DEZEMBRO
Teus lábios desejei,
Porquê ? nem eu sei!


Tinhas tu medo de sorrir
Me ocultavas o seu porquê
Teus olhos dos meus vi fugir
Sem sua doçura lhes sentir
Tinhas semblante de pranto
Escondias lágrimas entretanto.


Caminhavas vagarosa mas com firmeza
Como se te falta-se para tal a destreza
E ver-te assim desajeitada
Talvez demais! Simplesmente ofuscada
De escuro como que ornamentada
Sentir-se-tas acaso descriminada?


Sonhar contigo talvez me seja loucura
Querer embalar-te com minha ternura
Desbravar teu caloroso peito
Aquecer-te com o meu calor
Ofertas minhas dadas com jeito
Grandezas de meu coração, só amor!


Aproxima-te de mim simplesmente
Permite que eu em ti me reveja
Mesmo pelo mais leve instante
Que permitido me seja!
Possas sentir, meu amor por bem
O que Não te dará outro alguém.


Morro sim de tais desejos
Sinto-me como já morto
Ai ! permite-me cobrir com meus beijos
Todo esse apetecido corpo
Me encandeiam teus olhos azuis
Como dois brilhantes rubis.


Teus cabelos lisos,
Lábios doces quero,
Com ternura os meus beijar.
Sentir teus belos sorrisos,
Teus seios como venero
Por ter-te eu desespero.


Queiras tu deixar,
Em teu peito o meu encostar,
Em teu ventre me deliciar.
Partilhar-mos este gostoso calor
Transbordante amor,
Assim transformado em acolhedor.


Ofertar-te dádivas de amor
Com as minhas , em tuas entranhas delirar ,
Minhas sementes em ti depositar.
Como ardentes ofertas de amor
Recebe como presentes
Desejos meus tão constantes.

Sim te desejo , te quero,
Ver-te tanto espero,
Meu corpo ocultando o teu em gemidos
Loucamente assim sentidos
Como loucamente no calor deste leito.
O mais gostoso amor contigo feito

Em ternura ou loucura nos encontramos perdidos.
Com tanto calor e fogo de amor, os doces gemidos.
Como foste capaz de tanto me enfeitiçar?
Ao encontrar tua desejada silhueta ao luar
Desejando ou querendo para te amar.
No prateado do luar dei comigo a sonhar.

Nota do autor:

Sonhar e’ sabido que não faz mal
Sendo humano e’ natural
Mesmo que seja carnal.

ZURZACH. 30.12.09.

Eu e Elas



EU E ELAS.

Encontrando-me entre elas
Bem no meio delas,
Perdido loucamente por elas.
Todas realmente muito singelas
Negras mestiças, brancas ou amarelas,
Quais mais aveludadas que aquelas?
Ricas em perfume e quanto belas!
Em vendavais embrenhado nelas
Nos ventos me vi dançando com elas,
E fui bebendo da seiva delas.
Pensando ser: Ginja com elas.
Saboreando loucuras com elas,
Repartindo carinhos daquelas,
Dormi profundo, no colo delas!
Docemente abraçado nelas.
Entreguei-me inteirinho a elas,
Mas não somente aquelas.
Havia outras não menos belas
Mesmo não sendo singelas
Julgar-se-iam demais donzelas;
Resguardavam-se detrás das janelas
Como que alertas sentinelas
Não fosse eu fugir do meio delas.
Sem que de mim se livrassem elas.
Sendo o mundo colorido por elas
Dele que seria? Sem a cumplicidade delas?

Nota do autor:
Elas, realmente sedutoras
Perfumadas igualando rosas
Em demasia enganadoras
Elas são elas; Loucas, mariposas.

LUZERN Abril 2010