sábado, 22 de maio de 2010

melodia noite dentro




MELODIA NOITE DENTRO.


O rouxinol, ai se eu o visse…
Noites passa contemplando o luar.
Anda danado? ou será malandrice!...
Quererá a lua espantar?

Passa toda a noite acordado,
Ao longe se faz ouvir,
Não consegue dormir…
Foi pelo luar encantado…

Não posso silêncio exigir
A quem canta tão belo.
Perto de mim o quero sentir,
Bem aveludado e singelo.

A lua para ele foi matreira,
Quando o sentiu cansado:
Ordenou ao elo da videira ;
Que a ela o mantivesse agarrado.

DEUS ao rouxinol disse:
Pedindo que não adormece-se,
Pois enquanto a videira crescesse
Que não dormisse; ai não dormisse…

No infinito com suavidade ecoa,
O que o bico rouxinol entoa,
Musica como que sonhada,
Ao luar docemente escutada.

Se nocturna canção de cor sabes,
Agora podes dormir que já é dia…
Deixa que simplesmente outras aves,
A garganta libertem prá sua cantoria.

LUZERN Abril 2010

para te chamar





PARA TE CHAMAR.

Atirei pequena pedrinha,
Á mais vistosa vidraça,
Sei que era a tua janela.
Na esperança minha
De ver a gostosa graça,
E beleza da dona dela.

Atirei a primeira pedrinha
Á tua encantada janela,
Atirei com ela meus desejos,
Esperança tanta era a minha,
Que quem olhava através dela,
Comigo repartisse seus beijos.

Querendo te chamar,
Atirei uma pedrinha,
Com a ternura da minha mão.
Nem te dispusestes a olhar,
Queria dar-te o que nela tinha:.
(O mundo inteiro e meu coração).

Esperava, e tu não vinhas.
Sem sinais da tua presença,
Te julguei de mim esquecida.
Fui atirando mais pedrinhas,
Cada vez mais esperança,
Julgava-te já adormecida!

Como á janela não vinhas,
Já entristecendo ia eu,
Amargurava o pensamento.
E fui atirando mais pedrinhas:
Esperando ver o rosto teu,
Mesmo por breve momento.

Pela calada da noite senti calafrios;
Apagavam-se em mim fogos de amor,
Porque tu teimando, á janela não vinhas.
Tornados teus brios, nos gélidos frios,
Nem nas cinzas havia uma réstia de calor,
E até Já de mim se escondiam as tais pedrinhas.

Á tua linda janela atirei tantas pedrinhas.
Por muitas mais que a ela eu atirasse…
Julgavas-te mais bela que a que tinhas?
Esperaste que de as atirar me cansasse?
E por detrás da janela te mantinhas
Escondias-te de mim e das pedrinhas.

Na rua daquela janela,
Até já o brilho se ausentou
E nela nem uma pedrinha
Que encantos teria ela?
Porque ela me encantou?
Se a dona a ela não vinha!!!!

Quando passo na tua rua,
Parado fico por momentos.,
Já não vejo as tais pedrinhas
Como as que atirei á janela tua.
Agora mudados os tempos,
Já não sei atirar pedrinhas.

Já não te arrasto mais a asa,
Nem pedrinhas vou atirar,
Também para não te magoar.
Desvio-me da janela da tua casa.
Para detrás dela não te ver olhar
Muito menos ver-te chorar.

Agora debruçada á janela,
Ausente a outrora ternura,
Pedrinhas guarda no pensamento.
Chama quem atirou pedrinhas a ela,
Com gritos á sua bravura,
Pedindo o regresso desse tempo.

Acaso julgastes serem pedradas
Em vez de ternas pedrinhas
Que com doçura te atirei á janela?
Tristemente são lágrimas passadas…
Será que por serem demais pequeninas,
Teimosamente não reparas-te nelas?

Já não és mais aquela
Que vivia naquela janela
Onde atirei tanta pedrinha.
Verdade que deixou de ser a donzela,
Pois vejo olhar-me por detrás dela
Uma tão amargurada velhinha!

Se eu assim te olhando,
Pudesse o tempo parar…
Iria olhar-te segredo guardando,
Sem meus olhos desviar,
Daquela deveras gostosa janela
E dos olhos que estão por detrás dela.

Ausentou-se das apetecidas ternuras,
Julgando serem demasiadas loucuras.
Da vidraça da dita janela fez sua prisão.
Simplesmente renegou-se a aventuras.
Sabe-se que perdidamente procura,
Acalentar seu triste e dorido coração.

Nota do autor:
Foram códigos da mocidade
Pedrinhas atirar ás janelas,
Tamanha era a ansiedade
Para ver quem morava nelas.

LUZERN Abril 2010.



assim sou eu




ASSIM SOU EU.

Sou assim tenho a certeza
Mais um filho da natureza
Que do pincel faz uso
Pra colorir a pintura
E decerto com abuso
Faço transbordar a loucura.

Meto a mão pela certeza
Nas entranhas da natureza,
Por me sentir embrenhado nela
Como quem nela procura.
Complementos recebo dela,
Cumplicidades em fartura.

Me vejo nela tão envolvido,
Vontade não sinto para parar
Se filho dela sou nascido.
Acarinhado em sua verdura
Que sabiamente me soube embalar
Sim filho sou, desta bela natura

Com grandeza tamanha e pura
Sentindo-a realmente gostosa
Fiquei contagiado por natural simpatia
Chegou-se a mim, o que alguém procura
Admirando dela, aquela rosa,
Ofertou-me algum jeito prá poesia.

Muito achegado aos amigos
De tantos penso realmente ser
Amigos na vida demais nunca serão
Sempre em amizades envolvidos.
Lugar para mais um sempre há de haver
Dentro do meu coração.

Penso de tudo ter um pouco,
Nalguns pontos demais,
Noutros certamente de menos..
Uns me julgando de louco
Por meus feitos escriturais
Dizem outros serem pequenos!

Tendo assim tanta alegria
Que sei não ser em demasia.
Já sei onde posso encontrar
O que de melhor vos posso dar.
Dou-vos o calor do meu peito
Que para isso DEUS me deu jeito.

Liberdade vos dou pra ser julgado
Pelas maldades que me encontreis,
Ou as que pensardes eu venha a ter.
Se encontrardes alguém ajuizado
Jurai que nada de meu escondereis
Dai-lhe meus feitos e defeitos a conhecer.

Para bom julgamento de mim fazer
Se esse eu, eu não tiver conhecido!!….
Procurarei decerto mais: Qual razão!
O veredicto começarei por ler
E sem que me tenha apercebido
O pensamento escreveu, ditou a minha mão………

Nota do autor:
Decerto melhor que eu
Vós me deveis conhecer,
Sou quem letras escreveu
Queirais vós me compreender.

.
LUZERN. Abril 2010.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PORQUÊ ASSIM?




PORQUÊ ? ASSIM!.


Este mundo incompreendido fica
Nele me vejo cada vez menos crente,
Porque até já moça bonita,
Vejo ficar triste e doente.

Sentes arrepios?
Suores frios?
Memória ausente,
Delírio constante.

Sentindo-te adoentada afinal
Com custo entras-te no hospital
Vês! Como lentas passam as horas,
Nas quais anseias por melhoras.

Vejo que te aprontas em ir embora,
Repara bem nesse lado de fora.
Onde encontrarás flores a florir
Procura que acharás, vontade de sorrir.

Não quero ver teu triste semblante
Ausente simplesmente da realidade.
Entristecida, muito doente.
Espero verte melhoras com ansiedade.

Porque dá DEUS esta sentença
A nós humanos seus filhos?
Porque deixou tanta doença,
Em nossos obrigatórios trilhos?

LUZERN Abril 2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O ENRRIQUECIMENTO DESMERECIDO DE ALGUNS GESTORES PUBLICOS





RESPOSTA AO EXmo.SR. PRESIDENTE da REPUBLICA de PORTUGAL

ANIBAL CAVACO SILVA

O ENRRIQUECIMENTO DESMERECIDO DALGUNS GESTORES.

Há 36 anos conquistou-se a liberdade…
Renascia a esperança na igualdade.
Hoje mostra o avarento afinado jeito.
Perdido anda o valor de tal feito!!!!

Quem estando bem, quererá saber
Da desigualdade em seu rodeio?
Se riqueza quer somente ter,
Sem importar de onde ela veio.

Quem mais tem: Diz! Está mal a vida…
Achando-se pleno de razão.
Tanta riqueza assim desmerecida
Quanta? Ai tanta! E gente morre sem pão!!!!!!

Aos avarentos repudio o seu ser.
Para alguns PORTUGAL é nação pequena,
Á fome obrigados são a morrer.
Para outros PORTUGAL? PAÍS DA BANANA!!!

Riqueza!!! será que necessitas mais riqueza ter?
Pois sofrerás acaso de mal inflamatório?
Esqueces-te que um dia terás que morrer?
Haverá lágrimas choradas em teu velório?

Fazes da riqueza teu adorado baluarte
A fome dos outros não te importuna?
Vai a morte á sorte decerto encontrar-te
Em avarenta loucura desprender-te da fortuna.

Tu , os outros e porquê mesmo eu não sermos iguais?
Porque razão tanta diferença em nós encontramos?
Se a riqueza que alguns têm, nunca a achem demais
Ricos de pobreza que tantos não sentem ter de menos.

Nota do autor:
Alguns serão sortudos,
Fazem outros da avareza uso
Nos mostram números confusos
Para assim roubarem tudo.
Se a justiça os passasse pela peneira
Não encontraria suor: Só roubalheira….

ZURZACH 25deAbril 2010

domingo, 16 de maio de 2010

ANUNCIO DA NATUREZA






ANÚNCIO da NATUREZA.


Bico amarelo madrugador
Assobiando ainda noite escura.
Adivinha-se já nascida a primeira flor
Em vasto horizonte desponta a verdura.

Assobiando ,num trinar hilariante,
Como querendo assustar aurora,
Procura anunciar estar já presente
O verdejante que o olhar adora.

Tempo estivera adormecida
A seiva em suas entranhas,
Em ramos agora sentida
Folhas e flores verduras tamanhas.

E o sol mais lindo se mostrou,
O horizonte mais verde se fizera.
Melodia que bico amarelo entoou,
Para saudar a chegada primavera.

Fazem-se as abelhas sentir
Ás flores que as querem ver.
Num frenesim seu zumbir,
Primavera tantas flores ter!

Tantos outros passarinhos cantando,
Melodias do mais suave que se possa escutar,
O silêncio com seus bicos vão quebrando.
Continua o horizonte a mais verde se mostrar.

Embeleza-se com flores.
Exuberantes, jardins e matagais.
Nela se enlaçam outros amores,
Soltando suspiros, ofegantes de mais.

Torna-se tudo da cor da era,
Envolta em esperança e fulgor.
Melodia anunciando a primavera,
Bico amarelo de enlutado cantador.

Nota do autor:
A primavera começou
O melro assobiou
Seja signo ou circulo da vida
Primavera de flores e esperança vestida.

ZURZACH Abril 2010

sol em finais de abril


SOL em FINAIS de ABRIL.

Que maravilha de sol radiante
Que dá gosto em sentir
Qualquer flor se mostra contente
E ganha mais vontade para florir.

Se a geada a apanhou
Viu-se obrigada a murchar
Mas como carinhos lhe dou
Decerto a verei arrebitar.

Tratarei eu bem dela
Pois sei o quanto é singela
Ai que flor bonita aquela
Realmente perfumada e bela.

Mas a jarra se quebrou
Toda a agua se verteu
E a minha flor murchou
E de sede amargurada morreu.

Tristemente e amargurado
Por minha jarra se quebrar
Vejo-me agora obrigado
A outra flore procurar.

Onde encontrarei outra como aquela?
Realmente simples, mas singela
Perfumada, gostosa em ternura e bela
Me comprometo :Cuidarei melhor dela

Vê-la em meu jardim e sorrir
Seu adocicado perfume sentir
Acordo durmo até sonho com ela
Porquê, flor com o nome dela?

ZURZACH Abril 25.04.2010.

Jardim de Sonho




JARDIM de SONHO.


Perdido me vi isso sim…
Percorrido por loucos calores
Neste embelezado
Ou simplesmente sonhado
Querendo nele ter-me a mim
Que não a outros sonhadores.
Igualando-se ao ÉDEN jardim
Onde encontradas são as mais raras das flores
Os mais inigualáveis e distintos odores
Até corações perdidos de amores.
Em demasia, contagiados sofredores,
Pela aveludada e colorida ternura das flores.
Se por flores não mostras gosto
Como olhos poderás ter no rosto?
De ti esconda DEUS as suas cores
E a ti de todas as avistadas flores….
.
LUZERN..Abril 2010.

sábado, 8 de maio de 2010

ENTREGA-TE ÁS LOUCURAS MINHAS.




ENTREGA-TE ÁS LOUCURAS MINHAS.

Me vi em teus olhos ,
Que de alegria seria,
No recanto terno da lua,
Na frescura de DEZEMBRO
Teus lábios desejei,
Porquê ? nem eu sei!


Tinhas tu medo de sorrir
Me ocultavas o seu porquê
Teus olhos dos meus vi fugir
Sem sua doçura lhes sentir
Tinhas semblante de pranto
Escondias lágrimas entretanto.


Caminhavas vagarosa mas com firmeza
Como se te falta-se para tal a destreza
E ver-te assim desajeitada
Talvez demais! Simplesmente ofuscada
De escuro como que ornamentada
Sentir-se-tas acaso descriminada?


Sonhar contigo talvez me seja loucura
Querer embalar-te com minha ternura
Desbravar teu caloroso peito
Aquecer-te com o meu calor
Ofertas minhas dadas com jeito
Grandezas de meu coração, só amor!


Aproxima-te de mim simplesmente
Permite que eu em ti me reveja
Mesmo pelo mais leve instante
Que permitido me seja!
Possas sentir, meu amor por bem
O que Não te dará outro alguém.


Morro sim de tais desejos
Sinto-me como já morto
Ai ! permite-me cobrir com meus beijos
Todo esse apetecido corpo
Me encandeiam teus olhos azuis
Como dois brilhantes rubis.


Teus cabelos lisos,
Lábios doces quero,
Com ternura os meus beijar.
Sentir teus belos sorrisos,
Teus seios como venero
Por ter-te eu desespero.


Queiras tu deixar,
Em teu peito o meu encostar,
Em teu ventre me deliciar.
Partilhar-mos este gostoso calor
Transbordante amor,
Assim transformado em acolhedor.


Ofertar-te dádivas de amor
Com as minhas , em tuas entranhas delirar ,
Minhas sementes em ti depositar.
Como ardentes ofertas de amor
Recebe como presentes
Desejos meus tão constantes.

Sim te desejo , te quero,
Ver-te tanto espero,
Meu corpo ocultando o teu em gemidos
Loucamente assim sentidos
Como loucamente no calor deste leito.
O mais gostoso amor contigo feito

Em ternura ou loucura nos encontramos perdidos.
Com tanto calor e fogo de amor, os doces gemidos.
Como foste capaz de tanto me enfeitiçar?
Ao encontrar tua desejada silhueta ao luar
Desejando ou querendo para te amar.
No prateado do luar dei comigo a sonhar.

Nota do autor:

Sonhar e’ sabido que não faz mal
Sendo humano e’ natural
Mesmo que seja carnal.

ZURZACH. 30.12.09.

Eu e Elas



EU E ELAS.

Encontrando-me entre elas
Bem no meio delas,
Perdido loucamente por elas.
Todas realmente muito singelas
Negras mestiças, brancas ou amarelas,
Quais mais aveludadas que aquelas?
Ricas em perfume e quanto belas!
Em vendavais embrenhado nelas
Nos ventos me vi dançando com elas,
E fui bebendo da seiva delas.
Pensando ser: Ginja com elas.
Saboreando loucuras com elas,
Repartindo carinhos daquelas,
Dormi profundo, no colo delas!
Docemente abraçado nelas.
Entreguei-me inteirinho a elas,
Mas não somente aquelas.
Havia outras não menos belas
Mesmo não sendo singelas
Julgar-se-iam demais donzelas;
Resguardavam-se detrás das janelas
Como que alertas sentinelas
Não fosse eu fugir do meio delas.
Sem que de mim se livrassem elas.
Sendo o mundo colorido por elas
Dele que seria? Sem a cumplicidade delas?

Nota do autor:
Elas, realmente sedutoras
Perfumadas igualando rosas
Em demasia enganadoras
Elas são elas; Loucas, mariposas.

LUZERN Abril 2010